28 dezembro 2011

De repente envelheci

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De repente envelheci.
E aquele sorriso aberto ficou mais tímido.
E aquele fogo recebeu um banho de água fria.
O espelho está diferente hoje e eu não entendo.
Não entendo as personagens por trás de máscaras que não são cortinas.
Assim como não entendo as cortinas que se fecham enquanto o ator tenta ser-se em papel.
Hoje me sinto tão vulnerável...
Passeia o vento nos meus cabelos e eu passeio junto com o vento.
A voz segura de anos atrás ganha uma entonação arrastada e carregada.
A dramaticidade dos casos de amor torna-se madura, porém cruel.
Queria deixar na cômoda meu cômodo desejo de voltar atrás.
Oh, por que me deixei levar por medos tão iminentes?
Cá estou eu relembrando histórias que não escolhi viver.
Vão-se ali os sonhos e ficam aqui as destrezas de uma ilusão a longo prazo.
Não me arrependo. Só não entendo.
Não entendo minha mente desprovida de coragem.
Assim como não entendo porque não decidi ser atriz uma vez na vida!
Quem sabe eu não estivesse tão cansada e velha no auge dos meus 28 anos.




[Para aqueles que deixaram de aproveitar as oportunidades de vida que lhe surgiram em segundos de um dia qualquer]

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