25 janeiro 2010

Isso é muita sacanagem

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... estou eu acompanhando minha sogra que está hospitalizada, quando de repente um enfermeiro baixinho, careca e sem noção entra na enfermaria. Com sua indiscrição alarmante, fala com algumas pessoas:
- E aí, Joaquim, ainda está vivo rapaz? ( Parece até que quer que o cara morra, eu hein) ... - Dona Maria, a senhora está bonita hoje, parece até que vai pra um encontro! ( A mulher não gostou muito do elogio, tinha por volta de uns 80 anos, estava toda descabelada, sequer conseguia andar quanto mais ir a um encontro, coitada) ... - Oi, acompanhante nova na área, espero que venha mais vezes. ( Com certeza a acompanhante só voltará se o paciente não melhorar).

Eu sentadinha lendo meu livro cujo nome é : Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres - Clarice Lispector, não dei muita trela pro enfermeiro. Mas logo foi surpreendida com um :
- Oi, desculpa não ter falado com você (me estendendo a mão), tudo bem?
- Sim.
- Posso saber que livro você está lendo? ( Puxou o livro da minha mão e olhou a capa rapidamente).

Eu então puxei o livro de volta da mão do mal educado e em seguida ele completou:
- Desculpa, eu só queria dar uma conferida porque aqui não se pode ler sobre sacanagem, entendeu? Hehehe, entendeu? (Piscando o olho pra mim, afff).

Na boa, nem sei se o carinha leu o nome do livro direito. Fato é que o livro não fala de sacanagem nem aqui nem na China.

Vai ver o enfermeiro tinha fumado ou bebido antes de entrar no hospital, sei lá. Onde já se viu!
Isso é muita sacanagem!




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16 janeiro 2010

Assim nasceu uma canção

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São 23:15h e se não me falha a memória, foi mais ou menos nesse mesmo horário na noite de ontem que um grito solto dentro de mim se manifestou. Mesmo gritando era um grito que soava com doçura e sutileza.

Eu calmamente levantei-me da cama, acendi a luz principal da sala, peguei o violão que estava no sofá e então, meio que automaticamente, fiz alguns acordes. A sequência deles para mim naquele momento ainda não me era certa, nem tampouco me era errada. Era apenas uma sequência de acordes. Aos poucos o grito, aquele mesmo grito que me acordara, sussurrava baixinho algumas palavras. Então fui buscar uma caneta e um papel. Não demorei muito, mas mesmo não demorando muito, o tempo de ausência foi suficiente pra que me fizesse esquecer a tal sequência de acordes. E sem essa sequência meu canto então deixou de ser canto. Naquele instante o grito calou-se. Eu poderia gritar (confesso que senti muita vontade de fazê-lo) mas não gritei.

O violão que já me era quase uma caixa vazia com apenas quatro cordas violentamente mais vazio ficou em suas estética e funcionalidade. Era compreensível sua decepção e seu desapontamento. Eu desapontei o grito, o violão, o instante, eu desapontei a mim. Mas esse momento "de eco e de nada" não se estendeu por muito tempo. Aos poucos, ainda nos olhando (eu e o violão) fomos dominados por uma empatia que nascia naturalmente. Eu o perdoei pela sua estética fajuta e sua funcionalidade defeituosa. Ele então perdoou a minha falha. Falha tal qual já havia se repetido algumas vezes.

Ah, Dona Nara Stella, quantas vezes eu já lhe disse que as falhas servem de alertas? Que não devemos repeti-las e que só os acertos devem ter dose-dupla, tripla e assim por diante? Quantas vezes? Han? Han?
...

Sem esperar nada e sem estar ali para mais nada, apaguei a luz daquela sala vazia de som e sentei-me no chão com o violão em meu colo. Foi a relação de amor mais bonita que houve entre mim e um objeto em toda a minha existência.

Iluminados por uma pequena claridade vinda da casa vizinha, éramos dois amantes numa sincronia perfeita. Gozei de uma alegria sem medida e o grito que havia se calado manifestou-se na sua mais alta demasia. E foi assim que nasceu a minha mais nova canção.

É pena não poder mostrar ao menos a letra da minha mais nova "filha", mas assim que registrar seu nascimento em cartório, postarei aqui. (Aliás não somente esta), mas todas as outras tantas canções que já fiz.

Ps. Fazer amor é bom, mas fazer as coisas COM amor é de um prazer sem medida.


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13 janeiro 2010

Conversando com Deus...

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Deus, notei que o final de um ano é como final de um livro. Nós não só desejamos virar a página e sim fechar uma história e começar algo novo no ano seguinte. Os planos afloram-se na mente e no balançar das empolgações comemorativas, acreditamos sempre num futuro promissor.

De alguma forma, Deus, sabemos que o passado não será enterrado e continuará bem ali , afinal o ano mal acabou. E por mais que nos enchamos de planos, sabemos que é completamente impossível nos desvincularmos do passado, um passado tão recente que quase chega a ser presente. Ainda assim , temos esperança de fazer tudo diferente com convicção de que há algo bem melhor guardado para nós lá na frente. E esse "lá na frente" é tão próximo que quase chega a ser presente (também).

Já me disseram, Pai, que mesmo os "realizados" começam o ano sempre querendo mais e mais...

A verdade é que procurar ser feliz nunca é demais, mas às vezes ser só feliz ainda não é o bastante.

Deus, esse ano eu só quero EXISTIR. E não existir por existir somente. Eu desejo SER... Desejo não me lançar nas águas profundas e me afogar nas ilusões. Desejo buscar em mim o melhor que posso ser. Desejo descobrir em mim o que não descobrirei em mais ninguém. Desejo me entender 'magnificamente ' e abraçar com calma os momentos que me forem oportunos. Desejo ser tolerante quando for preciso. Desejo compreender o momento de cólera de todo ser da face da terra porque sei que ninguém é perfeito, somente Tu meu Pai. Eu desejo caminhar sempre pra frente mas com o cuidado de olhar para todas as direções. Desejo saber fazer a escolha certa mesmo que indecisa eu esteja. Desejo chorar não por dor, mas por alegria.

Sabe Deus, eu não quero pedir-te um mundo de graça. Certamente eu não daria valor algum se esse mundo fosse me dado. Eu só quero que assistas com atenção a minha evolução nessa vida de aprendizagem sem fim. Sobretudo oh Pai, desculpe-me por ainda não saber o caminho exato todas as vezes que colocas duas estradas à minha frente. Perdoa-me Senhor, por receber tantos dons e ainda assim me sentir tão perdida. Agradeço-te por todos eles e peço-te paciência, pois ainda sou uma menina.
Com devoção ajoelho-me diante de ti e peço calma, Deus. A mesma calma com que me faz dar um passo de cada vez. Peço que compreendas minhas vontades e só as realizes se for de tua vontade também.

Deus, apesar de sempre parecer calma, a terra continua girando. E o tempo parece passar depressa cada vez mais. A correria do mundo moderno me obriga a me despedir de ti, mesmo ainda tendo tanto pra falar. Mas fico feliz Deus, há muito tempo queria conversar contigo. Há muito tempo lembrava-me de Ti quase com a mesma frequência que sempre lembravas de mim. Desculpa a minha ausência em espírito Senhor. Tu és para mim, o caminho, a verdade e a vida. Amo-te. Amo-me, pois só amando-me é que me fortificarei e serei capaz de amar o próximo.

Fiques CONTIGO mesmo.

Até uma outra hora, amém.

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04 janeiro 2010

Mata, mata, mataaaaaa!!!! (Sonho)

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Sonhei que eu contratava Vanessa da Mata pra cantar uma música em especial pra mostrar a todos que ela cantava de forma diferente, fazendo uma voz de menina dengosa.
Chegada a hora tão esperada da apresentação , convidei todos a prestigiar o tal show. Vanessa subiu ao palco improvisado e começou então a cantar a música de forma muito com-ple-ta-men-te normal. Fiquei lá esperando ela cantar a segunda estrofe e nada dela fazer a voz dengosa.
Eu fiquei decepcionada, saí dali muito chateada e algumas pessoas, é claro, me criticaram.
Bem, depois acabou o showzinho que me “derrubou” e eu fui para uma sala ao lado. Lá havia vários computadores e umas caixas de halls preto. Um garoto sentou-se ao meu lado e insistiu pra jogarmos um jogo de guerra muito maluco. Eu não entendia absolutamente nada e mesmo sem querer eu estava ganhando dele. Ele me dizia: “Você tava escondendo o jogo né.” E eu pra não ficar por baixo ria ironicamente e mordia a língua enquanto matava aquele monte de soldadinhos sujos de barro.

A brincadeira estava muito divertida, mas chegou um tal chefe que antes não existia. Daí eu raciocinei: “Putz, aqui é um escritório! Moh ambiente de trabalho e eu matando soldadinhos!”

Então prontamente levantei-me, saí da sala, fui à uma cozinha fazer mingau de aveia. Uma moça pediu a colher de pau pra mexer o mingau, eu dei. Em seguida ela começou a falar: “ Que mico aquele hein! Vanessa da Mata te sacaneou! Eu já ouvi ela cantar com voz dengosa, ela que não quis cantar hoje só pra mostrar que você não tinha razão."
Eu olhei pra cara da menina que tinha um par de olhos azuis enormes e um cabelo dourado, peguei a colher de pau da mão dela e disse: “ Você poderia ter dito isso lá na hora do show né”. E ela respondeu: “Ninguém iria acreditar, aqui sou conhecida como a menina blue da mentira.”
Ela tinha os olhos enormes, mas confesso que naquela hora eu abri os olhos o máximo que pude de tão assustada! E imaginei: “ Ela está mentindo pra mim?”
Depois saí com a panela de mingau e fui oferecer ao chefe. Ele provou o mingau, olhou pra mim, disse que estava muito gostoso e eu então perguntei se podia jogar o jogo dos soldadinhos no computador. Os demais colegas de trabalho olharam pra mim como quem dissesse: “ Ela vai ser demitida agora!!!!!!!!” Mas não foi o que aconteceu. O chefe sorriu calorosamente pra mim com seu bigode de mingau estampado em seu rosto e disse que eu poderia ficar à vontade. Eu sentei ao lado do menino novamente e então comecei a jogar. Matava tanto soldadinho que estava ficando maluquinha. Quanto mais matava, mais eu queria matar e falava a mim mesma: "Mata, mata, mataaaaaaa!!!!" Até que o menino falou pra mim: “ Você não quer ser do lado do bem agora?” E eu então respondi com outra pergunta: “ Ué, sou o inimigo esse tempo todo?Ah, não, não vou jogar mais, assim não tem graça.”
Ele então riu e disse que sim. Aí eu achei que era bom parar com aquela matança. Afinal parecia que tudo tinha uma breve ligação com a Vanessa da Mata.
- Matar, Mata, Matança, Matava, Matou, Matamos, Matando...
Chega de tanta morte!! Logo eu que já me considerava assassinada pela traição da Vanessa! O que eu fiz pra ela não cantar da forma que eu queria que ela cantasse? Será que era algo pessoal?
O menino como se adivinhasse meus pensamentos disse: “ Vamos continuar! Imagina que os soldadinhos são um monte de Vanessinhas da Mata!”
Eu ri e disse em seguida: “ Não! Ela me assassinou moralmente, mas eu não farei o mesmo com ela.” Saí da sala dando beijos pra todos e ao passar pela porta, acordei!

Fim
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