28 fevereiro 2010

Me toma em teus braços...

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...Me faz experimentar a vida, me faz experimentar o amor.
Não me ensina o que não quero aprender, me ensina a viver...
Não que eu ainda não viva. Vivo, pois estou aqui.
Mas me mostra as coisas boas da vida, essas que desejo sentir.

...Me olha sem dizer nada, me beija pra me dizer tudo.
Me leva pro canto mais escuro e me ilumina lá dentro...
Não que eu não me acenda por dentro. É claro que há luz em mim!
Mas me olha com esses olhos que brilham, iluminando os meus que olham pra ti.

...Me mostra o outro lado do mundo, me mostra o outro lado da face.
Não me mostra só o que já sei, me mostra o outro lado da carne...
Não que eu desconheça o avesso, o inverso, o oposto e afins.
Mas me acalma com tua mão em minha alma, te transborda aqui dentro de mim.
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12 fevereiro 2010

Vida x Morte (Opostos)

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Os antônimos fazem parte de tudo... ou seria de nada? Não, de nada não seria.
Mas o que realmente quero dizer é que de uma forma ou de outra eles nos acompanham quase sempre. De repente duas coisas extremamente opostas estão ali lado a lado, caminhando juntas.
Bom-Mau. Bem-Mal. Alegria-Tristeza. Perto-Longe. Grande-Pequeno. Baixo-Alto. Rápido-Lento... E o Passado-Saudade. (Esse em meu interior particular).

Em questão de segundos o bom torna-se mau, algo que estava bem pode tornar-se mal, a alegria estampada na cara pode nos surpreender com uma expressão triste, o perto pode parecer tão longe, o grande pode tornar-se bem pequeno, o baixo pode tornar-se alto, algo pode acontecer rapidamente e lentamente ao mesmo tempo e sobretudo o passado pode nos deixar saudade.

Acho que estou sendo tão vaga quanto a dor que há em mim. Estou sendo tão 'inexa' quanto o chão que pisa em mim ao invés de eu pisá-lo.

Eu só queria um chão, um rumo, uma estrada onde não pudesse mais haver tanta dor, onde eu pudesse pisar enfim. Meu espírito de alegria 'infindável' parece ter acabado o estoque de risos lá no final de uma rua escura e sem saída. E de repente sorrir é algo que não posso ou já não consigo mais fazer hoje.

Uma sequência de dores parece me desafiar, embora eu saiba que ela desafia o mundo, sobretudo essa humanidade que luta pra sobreviver sabendo que a dor já faz parte.

Nós vivemos sabendo que um dia estaremos mortos. Mas não é estranho que nunca imaginamos que a morte pode estar bem perto? E é aí que percebo que o longe pode estar mais perto do que se imagina.

Olho pra um passado não muito distante e posso ver minha mãe sorrindo pra mim como se eu fosse a bonequinha dela, ainda menina com toda sua doçura e inocência. Mas olho para os lados e percebo que ela não está mais aqui. Mudou de plano, seguiu sua estrada e nunca mais veio me visitar. Hoje sinto saudade, muita saudade da mãe que me dava colo, me acolhia, me sorria, me beijava, me ninava... Adeus minha mãe.

Em seguida meu sogro partiu, com a firmeza de um pai contente em ter tido a oportunidade de ver seus filhos crescer, deixando a todos uma saudade tamanha. O seu vigor e a alegria de viver a vida intensamente eram suas características peculiares. Uma das poucas pessoas que me chamavam de Naroca. Um pai-amigo que deixou saudade. Adeus Sr. Mendes.

Logo depois um grande amigo. Um "peixe" que mergulhava em águas doces como sua vivacidade positiva a quem o visse. Um cara que tinha alegria em viver, levava risos pode onde andava e nunca se mostrava cansado na hora de ajudar. As piadas mais infames e divertidas eram contadas por ele. Hoje restam as boas lembranças do passado com sabor de saudade. Adeus meu amigo Roni.

Como se não bastasse... como se não bastasse tantas dores dadas por açoites de uma vida traiçoeira, assisto mais uma morte de perto e fico tão longe de mim. Minha sogra maltratada pelas dores causadas pela perda dos seus únicos filhos, fecha os olhos numa expressão de dor sem fim a qual nunca vi em toda minha vida e então dá seu último suspiro. Hoje eu não consigo sorrir, hoje só enxergo o vazio do quanto essa casa ficou sem ela. 78 anos, debilitada por uma angústia de viver solidão e arrasada pela tristeza do que chamamos morte. Pra quem cantarei e dançarei hein D. Hyldeth? De quem ouvirei aquele debochado : " Essa Nara..." ? Já sinto saudade das suas teimosias e preocupação exagerada pelo conforto de seus bisnetos. Vá com Deus!


A única certeza que tenho nessa VIDA é que hoje estou aqui...amanhã já não sei.

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