Nesse curto espaço de tempo me aconteceu tanta coisa!
Entrei numa banda por acaso, passei alguns meses ensaiando, experimentando possibilidades e me dedicando ao projeto musical.
Fizemos uma apresentação no Teatro Direcional Manauara. Indicados por Alexandre Soares (meu querido amigo Xand), um anjinho na minha vida. Tivemos apoio de pessoas excelentes, amigos queridos e em especial deixo aqui o meu agradecimento a Everton Andrade (oh cara considerado!!! Carinhosamente chamado de Macarrão). Bem, não é preciso dizer que foi um dia bem especial...
É tão bom saber que podemos contar com amigos de verdade e nossos familiares. Ter o apoio de pessoas que realmente acreditam na gente. Nos empenhamos a cumprir nosso papel afim de não desapontá-los e também a nós mesmos. Embora bem verdinhos, tudo fluiu bem pra uma primeira apresentação feita às pressas. Era pra ser a primeira de tantas outras na verdade, mas foi a única.
Depois, ao invés do projeto se consolidar, amadurecer, as coisas foram ficando dispersas e eu fui percebendo que havia coisa errada demais ali. Algumas coisas que eu discordava já não me entravam mais. Suportei até chegar ao meu limite. Percebi que não adiantava mais ser sempre a pacifista nas tensas reuniões onde as discussões não faziam muito sentido. A desorganização era algo que também me incomodava bastante, pois havia promessas de mudanças e a cada ensaio percebia que as coisas estavam mesmo virando do avesso. Mas, contudo o que mais me murchou foi notar que o que deveria ser feito por amor, era feito por obrigação. Todos os feitos jogados na cara, como se naquele grupo um só fizesse tudo e por todos, quando na verdade o individualismo e egoísmo imperavam. O que se faz com amor, não é citado (jogado na cara) de segundo em segundo. Era sombrio demais presenciar a injustiça de perto, cartas na manga jogadas de forma sorrateira, mentes que eram devoradas por uma personalidade vazia de caráter.
Apesar de tudo, de ter todos os motivos para explodir e deixar de ser tão paciente e moderada, fui surpreendida com uma explosão onde se fazia naquele momento a inversão de papéis. Era como se eu, de uma hora para outra deixasse de ser a vítima pra me tornar vilã. Mas isso não se fez convincente, todo mundo sabe quem de fato sou. Nossa, é aterrorizante ver a máscara caindo. Foi uma das experiências mais perturbadoras que já tive.
É difícil você se dedicar tanto a algo, acreditar em alguém e depois ver que toda história era uma farsa. As máscaras caem, a verdade aparece, mas aí a gente acorda com muito mais vontade de vencer. Não vou aqui dizer que a parte ruim foi maior que a parte boa. No final das contas a gente põe na balança e aprende que absorver tudo que tem de positivo só nos fortalecerá ainda mais.
Posso ser um primor, uma flor como dizem, agora permitir que montem em mim, que se apropriem de minhas obras... Ah não, isso não mesmo! Minhas músicas fazem parte de minhas particularidades e de minhas inspirações mais íntimas.
O bom de tudo é que mesmo depois dessa experiência “cabulosa”, todos, todos os que realmente importam estão do meu lado hoje. Os outros componentes me convidaram pra continuarmos criando e trabalhando nossas músicas. Eu quis um tempo pra pensar melhor no que fazer, pois estava tão recente, mas pra que perder tempo? Então vamu que vamu!!
