Papéis aos montes...
Monte também o seu acervo de críticas sobre mim.
Me desmonte se for capaz!
Rasure minha imagem e misture à toda essa sua ira.
Ironize meus sorrisos dados com verdade.
E minta pra si mesmo sobre quem de fato sou.
Papéis aos montes...
Monte a sua estante de livros que falam mal de vidas que você desconhece.
Suba o monte e não me jogue flores de lá.
Suas flores não tem cheiro de flores...
Tem cheiro dos podres que você planta ao longo dos seus anos.
Não me olhe assim...
Eu não tenho medo do seu ódio vazio.
Muito menos medo do seu olhar perdido.
Papéis aos montes...
Monte também nas suas próprias costas porque eu não sou capacho de ninguém.
Me desmonte se for capaz!
Amasse minhas cartas e minha roupa, mas não me toque.
Seus dedos estão sujos da podridão do verão passado.
O suor do teu serviço árduo em derrubar quem mereceu subir está impregnado na tua pele.
Papéis aos montes...
Me desmonte se for capaz!
18 março 2013
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